Notícias -

Polícia apura se homem que assumiu ter matado Emanuelle se enforcou com lençol ou se foi assassinado

15 de Janeiro de 2020

O corpo do homem que assumiu ter assassinado a menina Emanuelle Pestana de Castro, de 8 anos, Aguinaldo Guilherme Assunção, de 49 anos, foi encontrado morto no Centro de Detenção Provisória de Cerqueira César, a 304 quilômetros de São Paulo, na madrugada desta quarta-feira (15), suspenso em um lençol amarrado em uma estrutura de ventilação da cela.

Além do lençol, foram encontrados na cela em que Aguinaldo estava restos de refeição e itens de higiene. Apesar dos indícios de suicídio, a polícia não descarta a possibilidade de homicídio. "O cenário estava em ordem, condizente com a posibilidade de suicídio. Mas tudo será apurado", afirma Marco Aurélio Gongalves Gomes, delegado de Cerqueira César. 

A cela em que Aguinaldo estava tinha capacidade para abrigar duas pessoas, mas o delegado afirmou que por questões de segurança ele foi colocado no espaço isoladamente. "Não foram identificados sinais de violência física", afirmou o delegado que compareceu à unidade na manhã desta quarta-feira junto à perícia. 

Segundo a Polícia Civil, o homem apontado como assassino de Emanuelle chegou na unidade prisional na tarde da terça-feira (15), recebeu o kit de lençol e de higiene. Na manhã desta quarta-feira, por volta das 5h, durante a contagem de presos, os agentes teriam se deparados com ele suspenso e amarrado em uma espécie de local para circulação de ar no interior da cela.

O delegado afirmou que quando um preso chega nas unidades, os agentes de segurança tem uma conversa com o detento. Porém, ele disse que não tem informações sobre o que teria sido conversado com Aguinaldo.

O delegado informou ainda que será instaurado um inquérito policial e os vizinhos de cela de Aguinaldo serão ouvidos. "Também será realizado um exame necroscópico para constatar vestígios relacionados ao óbito e identificação da causa da morto", afirmou Gomes. 

A previsão é que o exame seja realizado nesta quarta-feira. Além disso, o IC (Instituto de Criminalística) deve realizar um laudo relacionado ao local da morte. O delegado da cidade afirmou que entrou em contato com a Delegacia de Ourinhos que, segundo ele, colabora com as investigações. Os laudos devem ser concluídos em 10 dias. 

Comentários
Assista ao vídeo