Cultura - Teatro

"MUITO PELO CONTRÁRIO" texto de Antonio Prata, direção de Vilma Melo e Victor Garcia Peralta

31 de Outubro de 2023

A peça conta a história de um pai de primeira viagem nascido junto com a pandemia e toda a tensão que ela imprimiu nas relações, precipitando crises na convivência forçada entre quatro paredes

Créditos: Caio Galucci

ESTREOU EM: dia 04 de outubro  

ONDE:  Teatro dos 4 / Shopping da Gávea

. R. Marquês de São Vicente, 52/2º piso – Gávea / RJ    Tel: (21) 2239-1095

NOVOS HORÁRIOS: às quintas às 20h / INGRESSOS: R$100 e R$50 (meia) / HORÁRIOS BILHETERIA: diariamente das 14h às 20h / VENDAS ONLINE: www.sympla.com.br / DURAÇÃO: 60 min / CLASSIFICAÇÃO: 14 anos / GÊNERO: comédia dramática / CAPACIDADE:  402 lugares / ACESSIBILIDADE: Sim / TEMPORADA: até 14 de dezembro

Depois do sucesso em São Paulo, no Teatro Unimed, chega ao Rio para curta temporada a comédia dramática “Muito Pelo Contrário”, com texto de Antonio Prata escrito especialmente para Emilio Orciollo Netto. 

Com direção de Vilma Melo e Victor Garcia Peralta, a peça questiona, de forma bem-humorada, o velho e desgastado modelo de homem, em plena crise diante da liberdade crescente e dos espaços cada vez mais ocupados pela mulher. Ele tenta se entender e encontrar seu novo lugar neste mundo que ainda não conhece bem.

SINOPSE

Rodrigo e Gabi são pais de primeira viagem. Seu filho nasce junto com a chegada da pandemia. Depois de dois anos às voltas com fraldas amamentação, madrugadas em claro e uma rotina até então totalmente desconhecida, e agravada pelo confinamento, veem-se diante de uma relação desgastada. O romance, o sexo e a alegria da vida a dois perderam-se do radar. 

Quando Rodrigo começa a achar que sua vida sexual acabou, conhece no trabalho uma mulher que lhe desperta o desejo. Culpado, ele se pergunta: qual seria a gravidade de um sexo casual com a colega? Ele não quer uma amante. Não quer se separar. Isso faria dele um parceiro desleal? Ele está prestes a ceder ao chamado do desejo, quando algo inesperado acontece e o obriga a rever todos os seus velhos conceitos. Rodrigo atende ao chamado do desejo, sim, mas de forma muito diferente da que imaginou.

A MONTAGEM

O cenário de Mina Quental circunda Emilio Orciollo Netto com elementos de um típico lar de recém-nascido. Acima do ator, fileiras e fileiras de roupas de bebê estendidas. Aos lados, infinitas caixas plásticas de armazenamento, encaixadas como tijolos, formando paredes. Ao centro, ferro e tábua de passar roupa, constantemente usados pelo ator, além de uma pequena mesa com cadeiras. A trilha de Plínio Profeta desfila hits de imediata identificação com o público que falam sobre o ambiente e as memórias do personagem.

COM A PALAVRA

Antonio Prata, autor:

“No início, eu e o Emílio queríamos falar sobre paternidade, mas logo percebemos ser impossível tratar do tema sem tocar em muitos outros. Afinal, o forte ressurgimento do feminismo e a ascensão dos movimentos LGBTQIAP+, nas primeiras décadas do século XXI, colocam em cheque a posição do homem hétero, obrigando-o a repensar suas ideias e atitudes. ‘Muito pelo contrário’ é a história de um homem, pai e marido tentando mover-se pelas encruzilhadas em que a época lhe colocou.”.

Vilma Melo, diretora:

“Até que ponto a presença de um ser tão pequeno, tão indefeso, tão dependente, interfere na vida sexual dos pais? Para quem tem filho e sabe a resposta, e também para quem não tem, pode ser: quase sempre, na maioria dos casos, invariavelmente. A ponto do apetite sexual do papai e da mamãe se perderem no etéreo espaço entre a fralda a ser trocada, as demandas, o cansaço, o choro daquele ser tão lindo, tão amado, tão seu... Ah, mas existe uma saída. O instigante de dirigir isso tudo é ter o humor como mola-mestra, e um desfecho sem juízo de mérito. É o espectador quem vai ter a sua resposta, única e individual.”

Victor Garcia Peralta, diretor:

“Acho interessante falar sobre as mudanças que a pandemia nos trouxe nos relacionamentos e na família. Falar sobre a dificuldade que o gênero masculino está tendo para lidar com a sua toxicidade e para se adaptar aos novos tempos. É uma peça que propõe aos espectadores uma identificação através do humor.”.

Emilio Orciollo Netto, ator:

“Falar de comportamento humano é importante sempre. Vivemos um momento super pertinente e necessário de reorganização e reconstrução do comportamento masculino. A peça faz essa provocação e reflexão ao homem contemporâneo. Pra mim, como artista, é muito importante dialogar e entender as mudanças que aí estão. Poder apresentar um trabalho que além de entretenimento que também é um questionamento aos casais e à necessidade da mudança de um comportamento enraizado em conceitos antiquados. A peça mostra um homem patético, e real. Temos a oportunidade de rir de nós mesmos e seguir ávidos por mudanças. A peça não julga, mas mostra caminhos e sinaliza que, do jeito que está, não dá pra ficar.”

FICHA TÉCNICA

Texto: Antonio Prata

Direção: Vilma Melo e Victor Peralta

Atuação: Emilio Orciollo Netto

Vozes em off: Bruno Mazzeo e Vilma Melo

Cenário: Mina Quental

Figurinos: Mariana Barreto Orciollo

Desenho de Luz: Luciano Xavier

Trilha Sonora: Plínio Profeta

Visagismo: Fabíola Gomez

Concepção e Criação Visual: Mariana Barreto Orciollo e Pedro Brucz

Design: Pedro Brucz

Adaptação de Peças Gráficas: Lívia Naylor

Fotos de Estúdio: Jorge Bispo

Fotos de Cena: Caio Gallucci 

Produção: Emílio Orciollo Netto e Joana D’Aguiar

Assistente de Produção: Maria Mariah

Realização: Sopro Escritório de Cultura e Emilio Orciollo Netto

Patrocínio: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, HIG Capital e Grupo CVA

Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação - João Pontes e Stella Stephany

ANTONIO PRATA – autor

Paulistano, escritor e roteirista, 14 livros publicados, entre crônicas, contos e infantis. Cronista da Folha de São Paulo. Escreveu a série Encantado’s, com Vilma Melo, para o Globoplay. 

Antonio Prata escreve para televisão, cinema e teatro. Em 2013, foi selecionado pela revista Granta como um dos 20 melhores escritores brasileiros com menos de 40 anos. Filho dos também escritores Mário Prata e Marta Góes, trabalha como roteirista na Rede Globo, onde participou da equipe das novelas Bang Bang (2006) e Avenida Brasil (2012), A Regra do Jogo (2015) e das séries Os Experientes (2016, prêmio APCA de melhor série e finalista do Emmy Internacional), Sob Pressão (2017/2018, vencedor do APCA de melhor série) e Pais de Primeira (2018, vencedor do prêmio ABRA de melhor roteiro de série cômica). 

EMILIO ORCIOLLO NETTO – ator

Emilio Orciollo Netto tem uma carreira de 33 anos de atuação no teatro, cinema e televisão. De apresentador do Globo Ciência, logo passou a brilhar em novelas, como O Rei do Gado, Anjo Mau, Alma Gêmea (Rede Globo) e Marcas da Paixão e Topíssima (Record), séries como Chiquinha Gonzaga (Rede Globo) e O Mecanismo (Netflix) e filmes como Tropa de Elite 2 (dirigido por José Padilha) e Real - o Plano por Trás da História (dirigido por Rodrigo Bittencourt). 

No teatro, participou de quase duas dezenas de peças, entre as quais O Beijo no Asfalto (ao lado de Leopoldo Pacheco, com direção de Michel Berkovitch) e Atrás da Porta (2014, como diretor). 

VILMA MELO - diretora

Vilma Melo é atriz, diretora e professora de artes cênicas, primeira atriz negra a ganhar o Prêmio Shell na categoria de Melhor Atriz, pelo espetáculo Chica da Silva – O Musical (2017). Atualmente no ar na Globoplay com a série Encantad’s.

No cinema, atuou nos filmes Campo Grande e Três Verões (ambos de Sandra Kogut) e na televisão, nas novelas Prova de Amor, Avenida Brasil e Joia Rara e os seriados Sob Nova Direção e Cidade dos Homens (todos da Rede Globo). 

No teatro, já participou de montagens como Grande Othelo – Êta Moleque Bamba! (2004) e AntígonaCreonte (2011) e dirigiu Lapinha (de Isabel Fillardis) ao lado de Edio Nunes. 

VICTOR GARCIA PERALTA - diretor

Victor Garcia Peralta é ator, cenógrafo e diretor teatral de grandes sucessos como Os Homens São de Marte... e é Para Lá que Eu Vou, com Monica Martelli, e Não sou Feliz mas Tenho Marido, com Zezé Polessa, entre outros tantos espetáculos. Seu olhar de grande cuidado estético e ao mesmo tempo dedicado ao trabalho do ator é sua marca registrada. Dirigiu recentemente o sucesso teatral “Sra. Klein”, com Ana Beatriz Nogueira à frente do elenco.

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