Tecnologia sustentável desenvolvida por Brasileira transforma escolas e mostra que a ciência brasileira está entre as mais criativas e relevantes do mundo.
![]() |
Foto: Divulgação |
Assim como muitos cientistas brasileiros, a Engenheira Mayane Rawell recebeu uma moção de aplausos honrosa do Estado por criar um filtro a partir de uma planta e disponibilizar para a comunidade que não tem acesso a água potável.
O seu projeto principal é um filtro orgânico à base de moringa, capaz de reduzir a dureza da água — um problema crônico em regiões abastecidas por poços — e torná-la adequada para o consumo humano. Já em funcionamento em escolas municipais de Vila Velha (ES), o dispositivo melhorou a qualidade da água e evitou agravamento e aparição de mais doenças devido à contaminação da água.
Essa história é uma demonstração de que a verdadeira inovação não está apenas na criação de algo novo, mas na coragem de aplicar o conhecimento com propósito. Em um contexto em que a distância entre pesquisa e realidade ainda é grande, sua atuação aponta um caminho possível: o da ciência que escuta, compreende e devolve à sociedade aquilo que a sociedade precisa. Ao unir formação, sensibilidade e compromisso, ela reafirma que o futuro da engenharia é inseparável da responsabilidade de quem a pratica.
O trabalho de Mayane entra num contexto onde o Brasil já é palco de grandes mentes científicas. O físico César Lattes, por exemplo, foi coautor da descoberta do méson π — trabalho que rendeu o prêmio Nobel à equipe na qual atuou — e foi indicado ao Nobel diversas vezes ao longo da vida. O país conta com muitos pesquisadores premiados em biologia, química e ciências ambientais — como Adalberto Luis Val, que recebeu a Fundação Bunge pelo impacto de suas pesquisas na biodiversidade amazônica. Esses exemplos reforçam que os cientistas brasileiros são capazes de concorrer com originalidade e relevância com qualquer instituição do mundo.
As faculdades de engenharia e ciências exatas no Brasil, como USP, Unicamp, UFRJ e UFMG, figuram entre as mais bem avaliadas da América Latina. Professores formam alunos capazes de unir rigor técnico e visão social, exatamente como Mayane.
![]() |
Foto: Divulgação |
Um retrato da nova geração de cientistas brasileiros
Assim como Mayane Rawell, esse é um retrato da nova geração de pesquisadores do país — profissionais que unem alta qualificação, sensibilidade social e foco em resultados tangíveis.
Em um mundo que celebra nomes como Frances Arnold (Prêmio Nobel de Química por pesquisas em evolução enzimática) e Mario Molina (Nobel de Química por estudos sobre a camada de ozônio), o Brasil mostra que também produz mentes capazes de inovar e inspirar.
O filtro de moringa é a prova de que a ciência brasileira pode competir em criatividade e relevância global, mostrando que tecnologia e empatia, juntas, são capazes de transformar o cotidiano das comunidades mais esquecidas.