Cultura - Teatro

A Alma Imoral volta a São Paulo, no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura

29 de Julho de 2014

 

REESTREIA: dia 30 de julho (4ª f), às 21h

LOCAL: TEATRO EVA HERZ / Livraria Cultura - Avenida Paulista, 2073 - Conjunto Nacional  Tel: 11 3170 4059

HORÁRIOS: 4ª f e 5ªf, às 21h      DURAÇÃO: 80 min

INGRESSOS: R$60,00 e R$30,00 (meia entrada) VENDAS PELO SITE www.ingresso.com

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA BILHETERIA: 2ª a sáb, das 14h às 21h; dom, de 12h às 19h

CAPACIDADE DO TEATRO: 166 espectadores / CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 18 anos / TEMPORADA: até 25 de setembro

“A Alma Imoral (...) é um daqueles mistérios abençoados pelos deuses do teatro de tempos em tempos” (Dirceu Alves, Isto É Gente e Veja SP)

“O momento perfeito chegou para Clarice Niskier – beleza de atriz - em A Alma Imoral.” (Jefferson Del Rios, O Estado de São Paulo)

 “Boa reflexão de Clarice sobre seu judaísmo budista (...) É um trabalho cuidado, medido e interessante”. (Barbara Heliodora, O Globo)

“Clarice dialoga intimamente com o público, torna tudo muito acessível e lógico e oferece um verdadeiro banquete à platéia. É teatro da melhor qualidade servido com generosidade.” (Debora Ghivelder, Veja Rio)

 “Delicado e sensível espetáculo teatral, no qual a qualidade do texto e a presença de Clarice Niskier são traduzidas em celebração cênica” (Macksen Luiz)

“Clarice reparte com a platéia o que de melhor possui e por isso saímos tão enriquecidos desta inesquecível ceia” (Lionel Fischer)

Comemorando oito anos consecutivos em cartaz – quatro deles em São Paulo - desde sua estreia em 2006, “A ALMA IMORAL”, de Clarice Niskier, já ultrapassa a marca dos 265.000 espectadores. A peça vem se apresentado com êxito para as mais variadas platéias – desde apresentações intimistas em pequenas salas até sessões ao ar livre para platéias com mais de 1.000 pessoas, como na Virada Cultural de São Paulo, em 2012.

O texto da peça é uma adaptação de Clarice Niskier para o teatro, a partir do livro homônimo do rabino Nilton Bonder. A supervisão da montagem é de Amir Haddad. A atriz adaptou o texto com “o objetivo de mobilizar o pensamento e a emoção do espectador contemporâneo”, o que vem de fato acontecendo desde a sua primeira temporada, em meados de 2006 no Rio de Janeiro, quando estreou numa pequena sala de 50 lugares e de lá seguiu para um teatro de 400 lugares, onde chegou a ficar em cartaz de terça a domingo. E dali ganhou o Brasil, em teatros de Norte a Sul do país.

 

Depois dos 14 meses iniciais no Rio, partiu para uma tournée nacional, ocupando 29 salas com diferentes capacidades e perfis, e obtendo sempre a mesma resposta calorosa do público. Belém, Recife (Festival do Recife), Brasília, Belo Horizonte, Divinópolis, Ouro Preto (Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana), Niterói, Angra dos Reis (Festival de Angra), Resende (Festival de Resende), Nova Iguaçu, Petrópolis (Festival de Inverno), Porto Alegre, Garça, Catanduva, São José dos Campos, Vitória (Festival de Vitória), Curitiba (Festival de Curitiba), São Paulo (Teatros Eva Herz, Augusta e Cultura Artística), Piraju, Americana, Lençóis Paulista, Botucatu, além do Rio de Janeiro, onde estreou e retornou em outubro de 2011, para o Teatro Leblon. Em 2012, A Alma Imoral reinaugurou o Teatro Serrador, no Centro do Rio, onde realizou uma temporada popular com enorme sucesso. Ao longo de 2013 e no primeiro semestre de 2014, seguiu em novas temporadas no Rio, em São Paulo e retornou ainda às cidades de Porto Alegre, Teresina, Maceió e Salvador.

“No teatro é sempre a primeira vez. Quando me perguntam como é possível fazer uma peça tanto tempo sem se cansar eu respondo: assim como é possível amar tanto tempo a mesma pessoa sem se cansar. Nesse caso o tempo é muito subjetivo. Se a relação está viva, está viva. Dá trabalho, mas não cansa. Assim é na Alma Imoral. Eu amo esse trabalho, esse texto. Que vocês se sintam vivos diante de mim. Assim como tenho vontade de me sentir diante de vocês: viva.”, afirma Clarice.

A peça fechou seu primeiro ano em cena com três indicações ao Prêmio Eletrobrás de Teatro (melhor atriz, melhor peça e melhor figurino) e chegou ao segundo com duas indicações ao Prêmio Shell (melhor atriz e melhor figurino), tendo vencido na categoria de Melhor Atriz. Foi ainda contemplada em 2007 pelos Prêmios Caixa Cultural e Caravana Funarte de Circulação Nacional de Teatro, e em 2008 pelo Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Atriz.

A PEÇA

A peça desconstrói e reconstrói conceitos milenares da história da civilização - corpo e alma, certo e errado, traidor e traído, obediência e desobediência.

Sozinha no palco, Clarice Niskier está em contato direto com a platéia, sem fazer uso da chamada “quarta parede”. Para contar histórias e parábolas da tradição judaica, a atriz vale-se somente de uma cadeira panton preta e um grande pano preto que, concebido pela figurinista Kika Lopes, transforma-se em oito diferentes vestes – mantos, vestidos, burcas, véus. O espaço cênico concebido por Luis Martins é limpo e remete a um longo corredor em perspectiva.

Clarice optou por não trabalhar com uma direção teatral no sentido tradicional, mas com a supervisão de Amir Haddad, que já vem fazendo este trabalho com alguns atores. “Super-visão pode significar uma visão maior ou superior, capaz de desvendar coisa que outros olhos mortais não conseguiriam ver. Assim como o super-homem (citado no espetáculo) com sua visão de raio x. Mas também pode significar uma sobre-visão, uma visão de cima, das coisas que estão acontecendo. Por exemplo: ‘A terra é azul’ disse Gagarin, sobrevoando o planeta. O que eu faço com a Clarice, bela atriz, mulher corajosa, procurando o seu lugar, é tentar dar a ela a visão de quem está de fora, e às vezes de cima, para melhor poder entendê-la e orientá-la na manutenção de sua órbita. Me dá mais prazer observar e ajudar um ator no divino exercício do seu ofício do que inventar efeitos de som e luz e algumas marcações e depois anunciar: ‘o diretor’. Sonho com um ator dono do seu próprio texto e dessa maneira, capaz de iluminar o texto de outrem pelo embate de suas idéias.”, propõe Amir.

COMO TUDO COMEÇOU

Clarice inicia contando ao público a origem da peça, que nasceu do seu primeiro encontro com o rabino Nilton Bonder, em 2002, num programa de televisão:

“(...) No final da minha entrevista, então, a apresentadora me perguntou se eu tinha uma religião. Disse que era de descendência judaica, mas que o teatro tinha me aproximado do Budismo, então que eu era uma judia-budista. Veio o intervalo... Quando o programa voltou ao ar a apresentadora disse que tinha chegado um fax meio-assim-pra-mim, mas que ela ia ler porque queria ouvir minha resposta. O fax dizia: - Minha filha, não existe judia budista. Ou você é bem judia ou você é bem budista. Assinado, Dona Léa... não lembro o sobrenome... Mas lembro que na hora não me pareceu budista...”.

A apresentadora do programa perguntou a Bonder o que achava do fax da telespectadora, e ele então trouxe nova luz à questão levantada por Clarice. Acolhendo o ponto de vista da atriz, o rabino afirmou que o Budismo poderia  inclusive ajudá-la a compreender melhor o Judaísmo. E ao final do programa a presenteou com um exemplar do livro que lançava na ocasião, “A Alma Imoral”. Clarice logo leu o livro e nele encontrou “traduzidos em palavras muitos de seus sentimentos, que até então não sabia como expressá-los”. Imediatamente começou a trabalhar na adaptação para teatro, fazendo leituras regulares para amigos, atores e público ao longo de dois anos, num processo acompanhado por Nilton Bonder, de quem sempre recebeu todo apoio e confiança.

PRÊMIOS, NÚMEROS E MAIS

Mais de 265.000 espectadores

Apresentações em mais de 25 cidades brasileiras

3 indicações ao Prêmio Eletrobrás de Teatro 2006

2 indicações ao Prêmio Shell RJ 2007 (melhor atriz e melhor figurino), e vencedora como Melhor Atriz

Prêmio Caixa Cultural 2007

Prêmio Caravana Funarte de Circulação Nacional de Teatro 2007

Prêmio Qualidade Brasil SP 2008 de Melhor Atriz

Projeto selecionado pelo FATE 2012 para Circulação no Município do Rio de Janeiro

Projeto selecionado pelo Edital Petrobras Circulação Nacional 2014 Teresina / Maceió

“A ALMA IMORAL” FORA DO BRASIL

A adaptação de Clarice Niskier para “A Alma Imoral” já  recebeu várias propostas de montagem no exterior. Teve seus direitos cedidos para a Espanha em 2007 e uma montagem foi autorizada na Argentina em 2009, onde esteve em cartaz em 2010, no Teatro Payró, em San Martin, Buenos Aires.

FICHA TÉCNICA

Autor do livro “A Alma Imoral”: Nilton Bonder

Adaptação, Concepção Cênica e Interpretação: Clarice Niskier

Supervisão: Amir Haddad

Cenário: Luis Martins

Figurino: Kika Lopes

Iluminação: Aurélio de Simoni

Música Original: José Maria Braga

Preparação Vocal: Rose Gonçalves

Direção de Movimento: Márcia Feijó 

Preparação Corporal: Mary Kunha 

Fotos: Dalton Valério, Elenize Dezgeniski e Letícia Vinhas

Programação Visual: Studio C 

Assistente de Produção / Coordenação do Projeto: José Maria Braga

Realização: Niska Produções Culturais

 

CLARICE NISKIER

 Clarice Niskier estreou no Teatro Tablado em 1981, na peça "Tambores na Noite", de Bertold Brecht, sob a direção de Dina Moscovitch, no Rio de Janeiro. Em seguida, foi convidada a participar da peça "Porcos Com Asas", de Mauro Rádice e Lidia Ravera, sob a direção de Mario Sérgio Medeiros, interpretando a sua primeira protagonista, em 1982, no Teatro Cacilda Becker. 

Trabalhou na Companhia "Tem Folga na Direção", sob a direção de Antônio Pedro nas peças  "Cabra Marcado Pra Correr", (Judas em Sábado de Aleluia), de Martins Pena, e “Tá Ruço no Açougue” (Santa Joana dos Matadouros), de Brecht. Ainda nos anos 80, trabalhou com o Grupo Pessoal do Despertar, no Parque Lage, atuando na peça "O Círculo de Giz Caucasiano", também de Brecht, sob a direção de Paulo Reis; trabalhou com a premiada diretora do Grupo Navegando, Lucia Coelho, em diversas peças infantis; com Bia Lessa, na peça "Os Possessos", de Dostoievski, e com Amir Haddad, em "Faces, o Musical".

Nos anos 90 atuou na peça “Bonitinha, Mas Ordinária”, de Nelson Rodrigues, sob a direção de Eduardo Wotzik e em seguida na peça “Confissões das Mulheres de Trinta”, texto coletivo, sob a direção de Domingos Oliveira. Com estes dois diretores desenvolveu uma longa parceria. Com Eduardo Wotzik fez também "Yerma", de Federico Garcia Lorca, "Tróia", de Eurípedes, que lhe valeu as indicações para os Prêmios Shell e Mambembe de Melhor Atriz em 93. E, com Eduardo, fez também seu primeiro monólogo: "Um Ato Para Clarice", coletânea de textos de Clarice Lispector,  além da peça "Equilíbrio Delicado", de Edward Albee. Com Domingos Oliveira, atuou ainda na peça "Buda", de autoria da própria atriz, seu segundo monólogo. E nas peças "Confissões das Mulheres de Quarenta", texto idealizado e escrito pela atriz sob a orientação dramatúrgica de Domingos Oliveira e colaboração das atrizes Priscilla Rozenbaum, Dedina Bernardelli e Cacá Mourthé;  atuou também na peça "Isabel", de Aderbal Freire-Filho e nas peças "Amores" e "Primeira Valsa", ambas de autoria do próprio Domingos Oliveira.

A partir do ano 2.000 trabalhou nas seguintes peças: "A Memória da Água", de Shelagh Stephenson, sob a direção de Felipe Hirsh; "O Caso da Rua ao Lado", de Eugène Labiche, sob a direção de Alberto Renault; “Antônio e Cleópatra”, de Shakespeare, sob a direção de Paulo José; “Tudo Sobre Mulheres”, de Miro Gavran, sob a direção de Ticiana Studart, que lhe rendeu a sua segunda indicação para o Prêmio Shell de Melhor Atriz, em 2006; e na peça “A Alma Imoral”, sua adaptação do livro “A Alma Imoral”, de Nilton Bonder, sob a supervisão de Amir Haddad, que estreou no Espaço Sesc-Copacabana, em junho de 2006. “A Alma Imoral” recebeu indicação para vários prêmios, entre eles os Prêmios Eletrobrás de Melhor Espetáculo, Melhor Atriz e Melhor Figurino. E lhe rendeu sua terceira indicação para o Prêmio Shell de Melhor Atriz, sendo a ganhadora deste prêmio em 2007. Clarice ganhou também o Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Atriz - Drama SP em 2008, por sua atuação em “A Alma Imoral”, que cumpriu temporada na capital paulista de março de 2008 a setembro de 2011, apresentando-se também em algumas cidades do interior do Estado de SP. Em 2009, A Alma Imoral fez parte da programação da Virada Cultural da Cidade de São Paulo. A peça A Alma Imoral continua em cartaz no Rio e em SP, em 2014.

Clarice Niskier atuou em 2009 na peça “Maria Stuart”, no CCBB de Brasília e do Rio de Janeiro, sob a direção de Antonio Gilberto. Enquanto atuava em São Paulo em seu premiado monólogo “A Alma Imoral”, representava a Rainha Elizabeth, texto de Schiller, ao lado de Julia Lemmertz.  O que lhe rendeu uma bonita matéria na Folha de S. Paulo sob o título: "Sem Folga, Atriz alterna Trono e Nudez".

Clarice tem ainda em seu currículo várias participações em programas de televisão, como a personagem Alzira da novela “Ciranda de Pedra”, de Alcides Nogueira, na TV Globo, sob a direção de Denise Saraceni, em 2009; e em 2011 uma participação especial na novela “Araguaia”, de Walther Negrão, também na TV Globo, interpretando a divertida Irmã Dulce. Clarice fez ainda uma participação especial num dos episódios da série “Macho Man”, na TV Globo, interpretando uma terapeuta corporal alternativa ao lado de Marisa Orth e Jorge Fernando; e também na série “As Brasileiras”, de Daniel Filho, ao lado do casal Malvino Salvador e Sophie Charlotte.

Participou de vários filmes, entre eles, “Amores” e “Feminices”, de Domingos Oliveira. E "A Viagem de Volta", direção de Emiliano Ribeiro.

Clarice Niskier ministra também cursos de teatro, tendo em seu currículo aulas para executivos da IBM (RJ e SP) e IBGE (RJ). A atriz é frequentemente convidada para falar em eventos empresariais sobre sua experiência como atriz e como autora da adaptação da peça "A Alma Imoral”. Clarice escreve roteiros teatrais para eventos corporativos. E realiza leituras de roteiros adaptados para o teatro de livros de vários autores, em eventos corporativos em SP. Foi colaboradora da revista Lola Magazine, da Ed. Abril e tem artigos publicados na Revista IDE, publicação da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.  Clarice Niskier tem formação em Jornalismo, na P.U.C do Rio de Janeiro. Trabalhou no Jornal do Brasil por dois anos e no Jornal Repórter também por dois anos, enquanto cursava a Faculdade. Estudou no Colégio São Vicente de Paulo e na Escola Israelita Brasileira Eliezer Steinbarg, 

A atriz foi professora titular do Curso de Formação de Atores da UniverCidade (RJ), tendo sido eleita pelos alunos para diretora da peça de formatura da turma, no período em que trabalhou lá. Em publicidade, Clarice realizou a bem sucedida campanha “Dinorah da TVA”, campanha publicitária de grande sucesso nos anos 90, que permaneceu dois anos no ar em todos os canais de televisão, principalmente no Rio, e que recebeu vários prêmios em sua categoria.

Em 2011, Clarice Niskier dirigiu a peça "Aquela Outra", de Licia Manzo, com as atrizes Cristina Flores e Tania Costa; em 2012 e em 2014 atuou na peça "O Lugar Escuro", de Heloisa Seixas, ao lado de Camilla Amado, Laila Zaid e Isabella Dionísio. Em 2013, co-dirigiu com Maitê Proença e Amir Haddad a peça “À Beira do Abismo Me Cresceram Asas”, e atualmente, além de continuar em cartaz com a peça A Alma Imoral, prepara seu próximo monólogo: "A Lista", da autora canadense Jennifer Tremblay, que estreia em outubro deste ano, em SP.

 
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