Uma mulher recebeu uma abordagem violenta por parte de dois agentes da PM (Polícia Militar) de Itabira, no interior do Estado de Minas Gerais, na noite da última sexta-feira (05/11).
A mulher estava com uma criança de colo em seus braços e, mesmo assim, foi derrubada e imobilizada no solo com o joelho de um dos policiais em seu pescoço. Uma das pessoas que observava a cena interviu, pegou e protegeu o bebê enquanto a mulher já estava no chão e com a criança ainda em seu colo. Além do bebê, outra criança - de aparentemente 6 ou 7 anos - testemunhou a cena e entrou em desespero tentando defender a mãe.
O garoto foi afastado pela PM e acolhido pelas outras pessoas que observavam a ação. Após ser algemada, a mulher foi levada pela polícia com um viatura. Em nota, a PM informou que a mulher e seu parceiro estavam portando ilegalmente uma arma de fogo com munições.
De acordo com as informações, a arma foi colocada na bolsa da mulher e ela pegou sua criança mais nova no colo para impedir uma abordagem violenta por parte dos policiais. A polícia afirma que a mulher foi "projetada ao solo e imobilizada, numa queda controlada". Além disso, asseguraram que o bebê não sofreu nenhuma lesão. Após a repercussão, o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage (PSB), se manifestou sobre o caso.
"Com a responsabilidade de prefeito, manifesto minha repulsa diante das imagens de uma abordagem policial ocorrida no início da noite em Itabira (...) As lamentáveis cenas precisam ser apuradas com rapidez e rigor. Este não é o procedimento padrão das nossas escolas militares e do Comando Geral da Corporação", disse.
Internautas compararam muito a ocorrência com a ação que matou o norte-americano George Floyd em maio de 2020 na cidade de Mineápolis. No caso, o policial Derek Chauvin se ajoelhou no pescoço de George Floyd, este foi asfixiado e morreu.