Colaboradores - Fabiano de Abreu

Divulgadas as últimas imagens do cantor Prince antes de morrer

20 de Abril de 2018

Como noticiado ontem, uma investigação sobre a morte do cantor Prince, concluída dois anos após seu falecimento em 2016, apontou que ele foi vítima de pílulas falsas, no entanto, ninguém irá responder criminalmente. Agora, a polícia do condado de Carver, no estado americano do Minnesota, divulgou nesta sexta-feira (20), fotos e documentos anexados à apuração de dois anos.

As imagens mostram o cantor chegando para uma consulta na véspera de sua morte, mensagens trocadas entre seu segurança e seu médico, a mala do artista com opióides e até mesmo a casa de Prince no dia em que ele foi encontrado desacordado em sua casa de Paisley Park, vítima de overdose de opióides.

Em uma das imagens capturadas pela câmeras de segurança, o cantor aparece pálido e magro, chegando a uma consulta com o médico Michael Todd Schulenberg. O artista de "Purple rain" caminha por um corredor ao lado do guarda-costas Kirk Johnson e de um homem de roupas claras, que seria Schulenberg.

Polícia encontrou variedade de opióides na mansão de Prince

O médico aceitou pagar US$ 30 mil (mais de R$ 100 mil) para fechar um processo federal civil de violação das regras de prescriçao de drogas nos Estados Unidos. O profissional receitou analgésicos com efeitos mais fortes que os da heroína para Prince, que sofria dores intensas e se tornou dependente dos opióides. Nas receitas, porém, Schulenberg indicava que os medicamentos seriam para o segurança, Kirk.

Outra imagem anexada mostra um diálogo entre o guarda-costas e o médico. Em 7 de abril de 2016, Kirk enviou mensagens de texto perguntando se Prince poderia receber "fluidos". O médico se disponibiliza a ir até o cantor, que, segudo o segurança, viajaria naquele mesmo dia para um show.

Mensagens do guarda-costas Kirk com médico que receitou opióides 

Os investigadores ainda divulgaram imagens de Kirk pegando produtos vendidos sob prescrição médica em uma farmácia. Ele foi filmado duas vezes em um intervalo de 90 minutos no estabelecimento, na véspera da morte de Prince.

A polícia frisou que não há queixa criminal contra o médico e nem contra o guarda-costas. A autópsia não encontrou oxicodona, substância prescrita pelo profissional, como uma das causas da morte de Prince. O exame revelou excesso de fentanil no sangue do artista. Os investigadores destacaram que não conseguiram localizar a fonte da droga.

Kirk Johnson, guarda-costas de Prince, pega produtos em farmácia nos EUA 

Os inspetores também revelaram imagens da casa do cantor no dia de sua morte. A policia foi acionada após o artista ser achado deitado perto de um elevador de seu imóvel, e os agentes registraram detalhes da residência. O lar de Prince tinha frascos de diferentes analgésicos, folhetos de propaganda de centro de reabilitação e uma bolsa azul lotada de dinheiro com a inscrição "Ópio" nas laterais.

As instalações da casa mostram paredes repletas de prêmios da carreira do músico e objetos bagunçados sobre bancadas e móveis. As imagens não registram fotos de família no espaço.

Analgésicos prescritos para guarda-costas eram para Prince, diz polícia

Mala achada em casa de Prince no dia da morte tinha dinheiro e opióides 

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