Por Valéria Calente/Patrícia Fernandes (Colaboração Morrente Forte)
A peça é baseada no livro homônimo de autoria da filósofa Ayn Rand, autora nascida em São Petesburgo, mas que viveu nos Estados Unidos, para onde migrou por ocasião da Revolução Russa.
Na coletiva de imprensa, Jô Soares relata que o livro chamou a atenção pelo título, data de seu aniversário, e, também, pelo fato de envolver um julgamento em Tribunal do Júri - Jô é fascinado por histórias de tribunal – também pelo fato de pessoas da plateia participarem da peça como jurados.
A peça se passa em 1934, a apresenta o caso de Andrea Karen, ex-secretária e amante do empresário Bjorn Faulkner, acusada de assassinato. A peça não retrata, de forma direta ou sequencial, os eventos que levaram à morte do empresário. Ao invés disso, os jurados e a plateia devem confiar nos testemunhos dos personagens para decidir se Andre Karen é culpada ou inocente.
O final do espetáculo dependerá deste veredicto do júri, formado por 12 pessoas selecionadas da plateia, compondo um Tribunal de Juri conforme rezam as leis americanas. Lembrando que no Brasil são 7 jurados apenas.
Jô Soares atua, aos 80 anos, como juiz do Tribunal do Júri.
Segundo relato na coletiva de imprensa, papel escolhido para fazer uso do martelo. Símbolo, ao lado da balança, da Justiça, e, também, do poder de decisão.
Esta e a segunda montagem do texto no Brasil. A primeira em 1949 teve Paulo Autran e Nydia Licia atuando no TBC.
Jô trabalhou com Matinas Suzuki, responsável pelo livro “O Livro de Jô – uma biografia desautorizada”. Jô Soares traduziu o texto desta encenação, como costuma fazer com todos os textos estrangeiros que dirige, pois afirma que sua direção já começa ali, na adaptação da peça.
A sinergia entre todos os envolvidos era evidente, uma vez que quase todo o elenco já trabalhou com Jô Soares e o produtor Rodrigo Velloni em outros espetáculos.
Jô Soares e elenco |
Foto: Valéria Calente |
Ayn Rand, nascida em 2 de fevereiro de 1905 começou a atuar como figurante aos 17 anos, para ganhar algum dinheiro e poder escrever seus roteiros. Em 1935 sua peça "A Noite de 16 de Janeiro" foi um sucesso de bilheteria na Broadway, sendo apresentada 283 vezes. Ela passou os anos seguintes escrevendo WE THE LIVING, sobre a luta para encontrar liberdade na Rússia.
Rand foi conhecida por desenvolver um sistema filosófico chamado objetivismo, que enfatiza suas noções de individualismo, auto sustentação e livre mercado, conceito este presente também em seus romances de maior sucesso "A Nascente e a Revolta de Atlas".
Seus livros vendem 300.000 copias ano, mesmo sem publicidade e sem serem indicados por professores universitários.
Uma mulher empoderada, antes mesmo de sutiãs serem lançados em praça pública, juntamente com cílios postiços e sapatos de salto alto, como repudio à visão opressiva em relação às mulheres.
As advogadas, jornalistas e colaboradoras do Portal Cartão de Visita, Patrícia Fernandes e Valéria Calente, foram convidadas a participar, juntamente com seleto grupo de profissionais, da coletiva de imprensa.
Valéria Calente teve a oportunidade de dirigir perguntas à Jô Soares:
Espetáculo imperdível!
FICHA TECNICA DO ESPETÁCULO:
Texto: Ayn Rand
Tradução: Jô Soares e Matinas Suzuki Jr
Direção: Jô Soares
Elenco: Cassio Scapin, Erica Montanheiro, Felipe Palhares, Giovana Tozi, Guta Ruiz, Jô Soares, Luciano Schwab, Kiko Bertholini, Marco Antônio Pâmio, Mariana Melgaço, Milton Levy, Nicolas Trevijano, Norival Rizzo, Paulo Marcos, Ricardo Gelli e Tuna Dwek
Diretor Assistente: Mauricio Guilherme
Cenografia: Chris Aizner e Nilton Aizner
Figurino: Fabio Namatame
Música Original: Ricardo Severo
Viodeografismo e Mapping: André Grynwask e Pri Argoud
Iluminação: Maneco Quinderé
Direção de Arte Gráfica e Assistente de Dramaturgia: Giovana Tozi
Fotografia: Priscila Prade
Vídeo Maker: Erik Almeida
Assessoria de Imprensa: Morente Forte
Produção Executiva Montagem: Mariana Melgaço
Produção Executiva Temporada: Joyce Olivia
Assistente de Produção: Adriana e Bruno Gonçalves
Administração Financeira: Vanessa Velloni
Patrocínio: Bradesco Seguros
Produção: Rodrigo Velloni
Realização: Ministério da Cultura e Velloni Produções Artistícas