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Ex-senador pelo PSDB Aloysio Nunes é alvo da Operação Lava Jato; Paulo Vieira foi preso

19 de Fevereiro de 2019

O operador financeiro ligado ao PSDB, Paulo Vieira de Souza, foi preso em São Paulo na manhã desta terça-feira (19/02), na 60ª fase da Operação Lava Jato. Alvo de prisão preventiva, ele deve ficar preso na Superintendência da PF de São Paulo. Agentes também cumprem mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-senador pelo PSDB Aloysio Nunes Ferreira Filho, suspeito de receber propina da Odebrecht.

Chamada "Ad Infinitum", a 60ª fase da Lava Jato cumpre 12 mandados de busca e apreensão em São Paulo. Além dos mandados, foram bloqueados ativos financeiros dos investigados. A operação é feita com base em depoimentos de doleiros e funcionários da Odebrecht em fases anteriores da Lava Jato.

O advogado de Paulo Vieira de Souza, André Gehreim, informou que "não teve acesso a qualquer documentação" e não vai comentar. Paulo Vieira de Souza já foi indiciado em outras fases da Lava Jato. 

Aloysio

O ex-senador e ex-chanceler do governo Michel Temer, Aloysio foi nomeado pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para a presidência da Investe SP, agência de promoção de investimentos de São Paulo.

A Polícia Federal de São José do Rio Preto-SP cumpre mandados de busca e apreensão de documentos em imóveis do ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes (PSDB). Ele é alvo da operação Lava Jato com sede em Curitiba.

Agentes federais foram a um imóvel de Aloysio em Rio preto e no seu apartamento em São Paulo. O objetivo é apreender documentos, mas o motivo da investigação ainda é mantido em sigilo porque o mandado está sendo cumprido.

Atualmente, Aloysio é presidente da Invest SP, nomeado pelo governador João Doria (PSDB). O órgão é a porta de entrada para novos investimentos no Estado.

O que é investigado

Paulo Vieira de Souza é apontado como peça-chave na lavagem de milhões de reais em favor da Odebrecht. O dinheiro era repassado ao chamado Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht.

O esquema investigado operou entre 2010 e 2011, para que a empreiteira desse dinheiro a campanhas eleitoras e pagasse propina a agentes públicos e políticos no Brasil. Ao todo, Paulo Vieira de Souza disponibilizou R$ 100 milhões em espécie a Adir Assad, um dos operadores do esquema. Assad, por sua vez, repassava o dinheiro ao doleiro Álvaro Novis, que realizava os pagamentos a agentes públicos e políticos, a mando da Odebrecht.

Até o momento, a assessoria do ex-senador pelo PSDB Aloysio Nunes ainda não se pronunciou.

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