Colunistas - Rodolfo Bonventti

Eterna Memória: Felipe Carone, um ator de papéis com boa dose de humor

4 de Junho de 2020

ETERNA MEMÓRIA | FELIPE CARONE– (25/07/1920 – 27/03/1995) 

O paulistano Felipe Carone era filho de uma família de classe alta e teve excelente educação em grandes escolas e colégios da cidade de São Paulo.

A estréia como ator foi no cinema, em 1958, na fita “Macumba na Alta” e logo em seguida participou de “Moral em Concordata”, adaptação de uma peça de teatro para o cinema estrelada por Maria Della Costa e Jardel Filho.

Na televisão, Felipe Carone chegou em 1964 em novelas sem muito destaque exibidas pela TV Record na época: “João Pão” e “Marc ados pelo Amor”.

Em 1965 ele vai para o grande elenco de atores contratados pela TV Excelsior de São Paulo e chama a atenção do público e da crítica especializada ao participar das novelas “Em Busca da Felicidade” de 1965 e “Os Tigres” de 1968.

A estréia na teledramaturgia da TV Globo se deu em 1969 na novela “A Grande Mentira”, que era estrelada por Cláudio Marzo e Myriam Pérsia. Daí em diante fez inúmeras novelas e minisséries na emissora, se transformando em dos seus principais atores.

O grande sucesso veio com papéis cômicos em novelas como “Pigmalião 70”; “A Próxima Atração”; “O Cafona”; “Bandeira 2”, um grande trabalho como o bicheiro Jovelino Sabonete e “Uma Rosa Com Amor”.

Felipe Carone também foi presença constante no cinema brasileiro dos anos 1970 e participou de várias comédias da fase áurea da pornochanchada, entre elas, “Lua de Mel e Amendoim”; “Os Mansos”; “Uma Mulata Para Todos”; “O Roubo das Calcinhas” e “A Árvore dos Sexos”.

O ator também teve forte presença nos palcos nacionais onde participou de montagens expressivas como “Auto da Compadecida”; “O Diário de Anne Frank”; “As Feiticeiras de Salém”;  “Doce Pássaro da Juventude”; “O Peru”; “El Grande de Coca Cola”; “Camas Redondas, Casais Quadrados” e da montagem de “Além da Vida”, texto psicografado por Chico Xavier e Divaldo Franco e com a qual ele viajou o País por vários anos.

Seus últimos trabalhos na TV foram as novelas “Vida Nova” de 1988 e “Top Model” de 1990, ambas na TV Globo. Carone faleceu na Clínica Sorocaba, no Rio de Janeiro, em 27 de março de 1995, vitimado por um câncer no esôfago.

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