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Revista destaca homeopatia, acupuntura e medicina antroposófica

3 de Outubro de 2013

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Desde 2006, o Brasil dispõe de uma Política Nacional para Práticas Integrativas e Complementares, a PNPIC. O objetivo é oferecer à população atendimento em modalidades como homeopatia, acupuntura e medicina antroposófica, as quais, tradicionalmente, têm sido usadas apenas pelos segmentos mais abastados da sociedade, capazes de pagar consultas particulares.

No entanto, apesar de ter sido saudada como uma iniciativa importante, a PNPIC ainda está longe de atender às metas para as quais foi concebida. Pesquisa da homeopata Renata Lemônica, que é mestranda em saúde coletiva na Faculdade de Medicina da Unesp em Botucatu, mapeou todos os pontos de atendimento homeopático cadastrados no Ministério da Saúde, e analisou os efeitos da PNPIC em oito cidades. Os dados revelam que, na maior parte dos estados, a implementação das diretrizes recomendadas pela PNPIC ainda não ocorreu, e são comuns problemas como falta de especialistas, ausência de farmácias homeopáticas e carência de continuidade administrativa.

Apesar dos problemas, já existem casos de sucesso, como o do estado de Minas Gerais. Há quatro anos o estado criou uma política estadual que funciona como alicerce para diversas iniciativas que buscam espalhar o uso das terapias complementares pela rede. Mas é preciso mais do que isso, argumenta a professora Karina Patrício, do departamento de Saúde Pública da faculdade de Medicina da Unesp. Ela defende a introdução do estudo destas terapias no currículo das faculdades de medicina, e já orienta um projeto piloto com estudantes da própria Unesp em Botucatu.

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