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Anvisa interrompe estudos com a vacina chinesa Coronavac após advento grave

9 de Novembro de 2020

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu nesta segunda-feira (9) os estudos com a vacina coronavac, parceria entre o governo do estado de São Paulo e o laboratório chinês Sinovac. A medida foi feita após uma ocorrência de "evento adverso grave".

Segundo comunicado emitido pela Agência, o evento – não especificado – aconteceu em 29 de outubro. A decisão da suspensão da pesquisa acontece para que os estudos possam avaliar sobre a segurança e benefícios à saúde do possível imunizante antes da continuidade do estudo.

O órgão esclarece ainda que este tipo de interrupção “é prevista pelas normativas da Anvisa e faz parte dos procedimentos de Boas Práticas Clínicas esperadas para estudos clínicos conduzidos no Brasil.”

Em razão disso, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado no Brasil. “A Anvisa reitera que, segundo regulamentos nacionais e internacionais de Boas Práticas Clínicas, os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, em conformidade com princípios de confidencialidade, dignidade humana e proteção dos participantes”, diz a nota. 

À Record TV, Antônio Barra Torres, presidente da Anvisa reinterou a interrupção e disse que ela acontece "em fiel cumprimento aos protocolos firmados."

No fim da manhã de hoje, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou que as primeiras 120 mil doses da coronavac estão previstas para chegar ao país em 20 de novembro.

Até dezembro de 2020, o Instituto Butantan, que vai produzir o imunizante no Brasil, prevê receber 46 milhões de doses da coronavac, sendo 6 milhões de doses da vacina prontas para aplicação e outras 40 milhões que serão formuladas na fábrica do Instituto. Outras 15 milhões de doses devem chegar até fevereiro de 2021.

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