Dois saques do auxílio emergencial foram feitos em nome de um jovem que está desaparecido desde 2012. Edson Martins Siqueira nasceu em Viçosa, a 230 km de Belo Horizonte, e tinha 24 anos quando se mudou para Araçariguama, no interior de São Paulo, em busca de trabalho.
Recentemente, alguém realizou os saques do auxílio emergencial em uma agência de Londrina, no Paraná, em nome dele. Ainda não se sabe se teria sido o próprio Edson ou uma pessoa se passando por ele.
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O irmão do jovem, Alexandro Martins, diz que procurou a Caixa, mas não obteve um retorno positivo.
“Soubemos que foram sacados dois meses de auxílio e fomos na Caixa para ver se conseguimos a imagem, mas eles falaram que foi em Londrina e por isso teríamos que ir até lá. Aqui eles não conseguem. Estamos esperando ver se alguém vai sacar para descobrirmos” , disse Alexandro Martins, irmão do desaparecido.
No dia do seu desaparecimento, Édson saiu da casa onde morava para ir até um bar se divertir com alguns amigos. Segundo testemunhas que estavam com ele, a noite foi tranquila, mas há duas versões para o desaparecimento, de acordo com a irmã dele Silvania Martins.
“Falaram que viram ele subindo em uma moto e outros disseram que ele foi caminhando para casa quando parou um carro e ele entrou.”
Dias antes do desaparecimento, o jovem publicou em uma rede social a frase “Falar é moleza, o duro é quando descobre que tudo que você fez por uma pessoa foi em vão porque ela fazia tudo ao contrário para você. Finge que morreu que é simples…”.
De acordo com familiares, Siqueira teria terminado o namoro com uma jovem pouco tempo antes, mas eles não acreditam que haja alguma relação entre o fato e o seu desaparecimento.
Família não tem notícias do jovem há 9 anos
De acordo com a mãe de Edson, Maria de Lourdes Martins, o jovem tinha o hábito de ligar diariamente para ela, mas, de um dia para o outro, ele não ligou mais.
“Ele me ligou um dia dizendo que tinha uma notícia para me dar, algo que era bom pra gente e ruim para ele. Depois disso, ele nunca mais ligou. A esperança de Maria, assim como dos outros parentes, é descobrir o paradeiro de Edson, seja ele qual for. Sinto muita falta e dor. Meu sonho é descobrir ele vivo. Se aconteceu alguma coisa, quero que Deus toque no coração das pessoas. Já tem 8 anos. Se alguém fez alguma coisa, peço que fale por favor. Quero fazer enterro digno.”
A Polícia Civil de São Paulo informou que o caso foi investigado como desaparecimento e encaminhado à justiça em julho de 2016.
