Cultura - Teatro

Dia 12 de Outubro estreia A Megera Domada, comédia de William Shakespeare

11 de Outubro de 2021

Estrutura original do texto é base para uma reflexão sobre a desigualdade de gênero

 

Tradução e adaptação de Fabio Brandi Torres e Isser Korik

Direção: Isser Korik

Foto: Heloísa Bortz

Estreia dia 12 de outubro, no Teatro Folha

Com: Leonardo Miggiorin | Leticia Tomazella | Lisandra Cortez

Eduardo Leão | Sérgio Rufino

Foto: Heloísa Bortz

A Megera Domada é uma das peças mais famosas do grande dramaturgo inglês William Shakespeare. A comédia narra as confusões criadas por um grupo de pretendentes pela bela e doce Bianca, após saberem da decisão de seu pai controlador: ela só se casaria após o enlace de sua irmã mais velha, a indomável Catarina, que é refratária à natureza dos relacionamentos amorosos da época. É neste cenário que entra Petruchio que, na busca por um casamento de interesse, se dispõe a enfrentar a fera. 

A tradução e a adaptação são dos dramaturgos e roteiristas Fabio Brandi Torres e Isser Korik, que também assina a direção. A estreia acontece no dia 12 de outubro, no Teatro Folha. No elenco estão três atores que retomam a parceria com Korik, Leonardo Miggiorin, Eduardo Leão e Sérgio Rufino, e as jovens revelações da TV Leticia Tomazella e Lisandra Cortez.

Os cinco atores interpretam dezesseis personagens do texto original, numa troca rápida que vai além do figurino. A exigência de uma mudança interna para cada personagem, desafia os atores e exige um grande preparo técnico. Para a composição corporal foi convidado Tito Soffredini, neto do grande dramaturgo e diretor Carlos Alberto Soffredini (1939-2001), que é especialista na técnica de Klauss Viana), que fez um intenso trabalho de preparação.

Para facilitar a identificação da plateia com os vários personagens, uma brincadeira com sotaques brasileiros identificará cada um. Se na peça original eles nasceram em Pádua, Pisa ou Mântua, nesta montagem os sotaques passeiam entre mineiros, gaúchos ou paulistas do tradicional bairro da Mooca. 

“Fui desafiado pelo Fabio a dirigir um texto de Shakespeare. Estranhei, pois meu trabalho sempre foi mais voltado para a comédia e para o popular, mas ele me provou que Shakespeare também tinha este caminho. E assim surgiu esta versão bem popular” conta Isser Korik.

 

Foto: Heloísa Bortz

Escrita em 1594, especialistas divergem sobre a intenção do autor: seria A Megera Domada um retrato da vida renascentista ou uma crítica aos costumes da época? Ao conhecermos os personagens, com seus discursos e crenças, fica clara a transformação que a sociedade viveu nestes mais de 400 anos, seja ela moral, ética ou a própria ideia do casamento, ao mesmo tempo mostra que ainda sobrevivem na sociedade atual alguns resquícios do pensamento da época. A adaptação se vale da estrutura original, que cria uma peça dentro da peça, para ampliar a discussão sobre a desigualdade de gênero. Mantendo a graça, a leveza, os romances e o humor do texto de William Shakespeare.

 

A Megera Domada, comédia de William Shakespeare. Tradução e adaptação de Fábio Brandi Torres e Isser Korik

Direção: Isser Korik

Elenco: Leonardo Miggiorin, Leticia Tomazella, Lizandra Cortez, Eduardo Leão e Sérgio Rufino.

Gênero: comédia

Recomendação: Livre

Duração: 70 min.

Estreia:  dia 12 de outubro, no Teatro Folha

Temporada: de 12 de outubro a 2 de dezembro, todas as terças, quartas e quintas-feiras

Horário: 21h

Ingressos: R$ 70, setor A e R$ 50 setor B (meia-entrada para Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Folha 50% desconto.

 

TEATRO FOLHA

Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323 - Televendas: (11) / 3823 2423 / 3823 2737 / 3823 2323. Vendas online: www.teatrofolha.com.br

Vendas por telefone e no site do teatro / Capacidade: 305 lugares (com as restrições de isolamento social serão disponibilizados somente 160 lugares) / Não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Folha 50% desconto. Horário de funcionamento da bilheteria: sexta-feira das 15h às 21h; sábado das 10h às 21h, domingo, das 10h às 19h00 / Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: R$ 20,00 (primeiras duas horas) / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 97628-4993 / Patrocínio do Teatro Folha: Folha de São Paulo, Owens-llinois, EMS, Banco Luso Brasileiro, Greif, Lupo, SIKA, PLP, Shimadzu, Gabinetto, Iluminatic.

 

Ficha Técnica

A Megera Domada

Comédia de William Shakespeare

Tradução e adaptação de

Fábio Brandi Torres e Isser Korik

Direção: Isser Korik

Assistência de Direção: mariana São João

Preparação Corporal de atores: Tito Soffredini

Elenco: Leonardo Miggiorin, Leticia Tomazella, Lizandra Cortez, Eduardo Leão e Sérgio Rufino.

Cenografia: Paula de Paoli

Figurinos: Graziela Bastos

Trilha Sonora: Wagner Bernardes

Iluminação: Isser Korik

Maquiagem: Patrick Aguiar

Fotografia: Heloísa Bortz

Equipe de Palco: Isabela Alcântara, Mariana São João, Victor Garbossa

Assessoria de Imprensa: Flavia Fusco

Administração: San Marino

Prestação de Contas: Sonia Kavantan

Coordenação de Marketing: Emanoela Abrantes

Criação Gráfica: Designorama

Equipe técnica: Jardim Cabine

Mídias Sociais: Renata Castanho

Coordenador do Projeto: Luiz Morgensztern

Produção Executiva: Will Siqueira

Realização: Referendum

 

 

Sobre Isser Korik

Diretor, ator, produtor, tradutor e dramaturgo, Isser Korik coleciona trabalhos marcantes como comediante em 36 anos de carreira, como “Vacalhau & Binho”, de Zé Fidélis, que permaneceu oito anos em cartaz; “O Dia que Raptaram o Papa”, de João Bethencourt; e, recentemente, “E o Vento não Levou”, de Ron Hutchinson, “Toda Donzela Tem um Pai que é uma Fera”, de Gláucio Gill, e “Divórcio!”, de Franz Keppler. Como diretor se destaca na comédia. Concebeu “Nunca se Sábado...”, apresentado por quatro temporadas sob sua direção-geral, que marcou a cena paulistana. Dirigiu o sucesso “A Minha Primeira Vez”, de Ken Davenport; a trilogia cômica de Alan Ayckbourn “Enquanto Isso...”; “O Mala”, de Larry Shue; o projeto “Te Amo, São Paulo”, que reuniu grandes nomes da dramaturgia paulista; “Jogo Aberto”, de Jeff Gould; “O Empréstimo”, de Jordi Galceran; “Que Tal Nós Dois?”, com Carolina Ferraz, “As Guerreiras do Amor” de Domingos Oliveira e “Novo e Normal” com Sérgio Mamberti e Suely Franco. Também se destaca no teatro para crianças onde dirigiu “A Pequena Sereia”, de Fábio Brandi Torres; “Grandes Pequeninos”, de Jair Oliveira; “Cinderela”, “O Grande Inimigo” e “Ele é Fogo!”, de sua autoria, tendo recebido por esse último o Prêmio APCA. É diretor artístico da produtora Conteúdo Teatral e do Teatro Folha.

 

Sobre Fábio Brandi Torres

Fabio Brandi Torres é diretor teatral, dramaturgo e roteirista. Foi vencedor por duas vezes do prêmio de Melhor Autor do Festival de Teatro Curta/SESI (2000 e 2002) e três vezes indicado como Melhor Autor ao Prêmio Coca-Cola FEMSA de Teatro Jovem (“A Matéria dos Sonhos”, 2004, “Ciranda das Flores”, 2009 e “Pandolfo Bereba”, 2013). Também foi indicado ao Prêmio Shell 2005, como Melhor Autor, por “O Mata-Burro”. Como roteirista, foi colaborador das novelas “Seus Olhos” (SBT) e “Paixões Proibidas” (BAND/RTP), e da sitcom #PartiuShopping (Multishow). Em 2017, assinou o roteiro do documentário Inezita, para a TV Cultura. Teve a peça “Um Conto do Rei Arthur” editada ao vencer o Concurso de Dramaturgia Vladimir Maiakovski e o livro infanto-juvenil “O Tesouro de Fabergè” publicado em duas edições. Seus textos já foram apresentados em Portugal, Espanha, Estados Unidos e Cabo Verde, e encenados por Isser Korik (Revistando, Grandes Pequeninos e A Pequena Sereia), Iacov Hillel (Prepare seu Coração e Tutto Nel Mondo è Burla), Val Pires (Medida por Medida), Caco Ciocler (Vão Livre), André Garolli (Trama da Paixão e O Mata-Burro), William Gavião (Respeitável Público? e Macbeth) e Rosi Campos (Se Casamento Fosse Bom...).

 

Sobre o elenco...

 

Formado em Artes Cênicas em Curitiba, pelo Colégio Estadual do Paraná (1998), Leonardo Miggiorin trabalhou com grandes nomes do Teatro e da Teledramaturgia nacional como, Fernando Meirelles, Ricardo Waddington, Bia Lessa, Denis Carvalho, Wolf Maia, Jaime Monjardim, além de contracenar com grandes atores ao longo de sua trajetória. Na TV Globo, iniciou seus trabalhos aos 17 anos em “Flora Encantada” (1999) e foi na minissérie “A Presença de Anita” (2001), em que viveu o tímido Zezinho, que Miggiorin ganhou o reconhecimento do público, logo no início de sua carreira. Desde então atuou em diversas novelas, como “Senhora do Destino”, “Mulheres Apaixonadas”, “Cobras e Lagartos”, “Viver a Vida”, “Malhação”, “Som e Fúria” e “Insensato Coração” na Rede Globo e “A Terra Prometida”, “Dancing Brasil” e “Jezabel”, recentemente, na Rede Record.

Foto: Heloísa Bortz

No Teatro, já participou de mais de 40 montagens teatrais, entre comédias, musicais, dramas e infantis. Integrou o elenco do aclamado “Grande Sertão: veredas” (2017 - 2019), com direção de Bia Lessa, e o cultuado espetáculo “Equus” (2012), de Alexandre Reineke. No Cinema, atuou em filmes como “O casamento de Romeu e Julieta”, de Bruno Barreto, “ La Riña” e “Colegas”, de Marcelo Galvão, “Travessia”, de Bia Lessa, entre outros. Além de Ator, Miggiorin graduou-se como Psicólogo e hoje estuda Direção Cinematográfica e Psicodrama em São Paulo.

Letícia Tomazella é atriz formada pela Escola de Arte Dramática da USP. Já trabalhou com diretores como Clarice Niskier, André Acioli, Luiz Damasceno, Vladimir Capella, Leonardo Medeiros, Georgette Fadel, Marat Descartes, entre outros. No teatro, seus trabalhos mais recentes são os espetáculos "A Cabala do Dinheiro" (direção de Clarice Niskier e André Acioli) e "Brechó" (direção de Marat Descartes e Gisele Calazans).

Foto: Heloísa Bortz

Na TV, seus dois mais recentes papéis foram a cômica Arlete, de As Aventuras de Poliana (SBT) e a doce Leora, em Gênesis (Record TV). Na pandemia, foi autora e atriz do projeto para Internet chamado "Atriz Irrelevante", sob direção de Sérgio Roizenblit. O trabalho que foi contemplado pelo prêmio do Itaú Cultural "Arte como Respiro".

Lisandra Cortez, além da formação teatral, é comunicóloga  formada pela Universidade Metodista de São Paulo. Finalizando o curso superior, se aprofundou no estudo da atuação para câmera cursando a Oficina de Atores da Rede Globo. Na TV, participou de cinco novelas. Seu último trabalho na TV foi a novela “As Aventuras de Poliana”, pelo SBT.  Estreou em novelas, em 2007, protagonizando “Amigas e Rivais”, também pelo pelo SBT. Em 2021 lançou a websérie “ A História é Sua”, em parceria com a Otzi Group que conta com episódios curtos e rápidos que se comunica com o público jovem. No teatro atuou na montagem “Não Nem Nada”, de Vinicius Calderoni, “Tristão e Isolda”, de Vladimir Capella, e a “Inquisição da Alma”, de Airen Wormhoudt e Zedú Neves.

 

Foto: Heloísa Bortz

Eduardo Leão – Ator formado pela ECA/USP. Atua também como Diretor e Professor de Teatro desde 1990. Nos últimos anos vem se especializando como Diretor de Teatro para crianças, destacando “Bento Batuca” e “Chapeuzinho Vermelho, uma versão além da palavra” e como Ator de Teatro Musical em produções como “Castelo Rá Tim Bum” e “Cangaceiras, Guerreiras do Sertão”.

Foto: Heloísa Bortz

Sérgio Rufino é ator, natural de São José de Rio Preto, em São Paulo.  Já atuou em varias montagens teatrais, Cinema e TV, onde atuou em  novelas, mini-séries, programas de humor, etc. Entre os trabalhos estã a novela “Desejos de Mulher” e “ Gabriela”  e o seriado “ A Diarista”; Na Tv Cultura atuou em “Senta que lá vem a Comédia, e na “Câmara Café”, no SBT. Também já participou, durante esse tempo, de várias campanhas publicitárias de destaque em TV e rádio.  Em cinema já participou do Longa Metragem, de Ricardo Pinto Silva, “Sua Excelência o Candidato”, e “De Pernas para o Ar”, de Roberto Santucci. Entre as Montagens Teatrais estão:  “Ópera do Malandro”, interpretando “Geni”, papel qie o levou a indicação de melhor ator no  Premio Shell do ano 2000. Foi indicado ao prêmio Mambembe por sua atuação em “No Reino das águas Claras” e atuou ainda em grandes montagens como “Quixote”, de C.A. Sofredini, no papel de Sancho, com direção de Eliana Fonseca. De Marco Caruso, com direção de Alexandre Reinecke, atuou em “Sua Excelência o Candidato”, além de Musicais, como “Wicked”, “Cantando na Chuva” e ‘Sunset Boulevard”.

Foto: Heloísa Bortz

 

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