Médico oftalmologista explica como a doença pode interferir na visão e quais os principais sintomas.
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A tuberculose ocular, apesar de rara, é uma realidade em diversos lugares do planeta. Sua condição varia entre 1% e 2% de prevalência, que é quando essa condição clínica ultrapassa a área dos pulmões. Ou seja, é uma doença que pode afetar a região dos olhos quando há contato direto ou intenso com pacientes que estejam com a tuberculose pulmonar.
“Na maioria das vezes, ela é apresentada com uma inflamação da úvea (uveite) na parte da frente dos olhos ou posterior, afetando a retina e a coroide”, explica o médico oftalmologista Dr. Daniel Kamlot, especialista em retina e vítreo pela USP (Universidade de São Paulo).
Os principais sintomas são as inflamações e a baixa visual. E mais: não é obrigatório que o paciente tenha a tuberculose pulmonar para que haja a evolução para a área ocular. O diagnóstico é feito com exame oftalmológico através de aparelhos adequados como a Biomicroscopia e Fundo de Olho, além do pedido de exame laboratorial, como o PPD (Prova de Tuberculina Purificada) e o IGRA (Interferon Gamma Release Assay).
A tuberculose ocular precisa ser tratada o quanto antes. “Existe a perda da visão total ou mesmo uma sequela. Portanto, quanto mais cedo tratada, menores são as chances de complicação”, revela o oftalmologista.
Apesar de ser algo específico, o tratamento para a tuberculose ocular é bem parecido com o de situação clínica pulmonar. Depois de detectada e confirmada a doença na região dos olhos, o tratamento sistêmico é o mais indicado. “Se necessário, um anti-inflamatório via ocular. Contudo, o tratamento sistêmico continua sendo o mais importante para os casos de tuberculose ocular”, finaliza o Dr. Daniel Kamlot, atuante no atendimento de pacientes de todas as idades, com foco em oftalmologia geral e diagnóstico completo da saúde ocular. O profissional é referência no tratamento de doenças retinianas, como retinopatia diabética e DMRI, realizando ainda cirurgias de catarata com implante de lente intraocular.
Contatos: @drdanielkamlot
