Protagonizado por Leonårdo Miggiorin e dirigido por Marcio Rosario, espetáculo mergulha nas complexidades dos afetos contemporâneos e expõe, com delicadeza e potência, temas como violência doméstica em relacionamentos, homofobia, bissexualidade e desejo reprimido
![]() |
Foto: Divulgação |
Uma história intensa sobre preconceito, amor, identidade, violência hetero e homoafetiva e reencontros, a peça Bruta Flor retorna aos palcos em nova montagem e com novo elenco – Leonårdo Miggiorin (Miguel), Fábio Bianchini (Lucas) e Valeria Silva (Simone), nomes de destaque da TV, teatro e audiovisual – sob a direção geral de Marcio Rosario, ator e produtor com ampla trajetória no Brasil, Portugal e nos EUA.
Na trama – um drama psicológico marcado por descobertas sexuais, desejo reprimido e as múltiplas violências que atravessam as relações contemporâneas –, Lucas e Miguel se reencontram após 15 anos. Amigos na juventude, seguiram caminhos distintos – Miguel foi estudar em Londres e Lucas se casou com Simone, sua namorada do colégio. Quando o reencontro acontece, o passado irrompe com força, revelando camadas profundas de afetos ocultos, homofobia internalizada e a urgência de viver uma verdade adiada.
Com cenas fortes, sensuais e sensíveis, o espetáculo trata com naturalidade e delicadeza temas relevantes como a bissexualidade, a diversidade e a aceitação. Outro foco muito importante da montagem é a violência doméstica nos relacionamentos, sejam hetero ou homoafetivos.
A centelha desta nova montagem veio da atriz Valeria Silva, que procurou Marcio para este projeto que a traz de volta ao país. A linguagem poética e lírica da dramaturgia, assinada por Carlos Fernando Barros e Vitor de Oliveira – nomes reconhecidos por seus trabalhos no Teatro, TV e Cinema –, junto com a direção de Marcio Rosário, cria um ambiente intimista e envolvente, embalado pela trilha sonora do ícone da fusão entre teatro e música, Cida Moreira. A direção de arte, cenografia e figurinos de Andrea Moraes – premiada em produções para televisão e streaming – e a iluminação de Guilherme Greghi, sutil e ao mesmo tempo sombria e acolhedora, são elementos cruciais para a imersão do público e para a construção de uma atmosfera que dialoga com a temática abordada na peça.
Bruta Flor, uma realização da Três Tons Visuais Filmes, em parceria com a Dandara Productions – empresa de Valeria Silva –, ocupa o palco do Núcleo Experimental, na Barra Funda, a partir de 9 de agosto e propõe-se também como uma plataforma de diálogo e visibilidade LGBTQIAPN+, buscando apoio institucional e empresarial para ampliar seu alcance e impacto social.
Sobre Elenco, Diretor e Autores:
Leonårdo Miggiorin, formado em Artes Cênicas pelo Colégio Estadual do Paraná (1998), participou de mais de 30 montagens teatrais, entre comédias, musicais, dramas e infantis. Integrou o elenco do aclamado Grande Sertão: Veredas (2017 - 2019), com direção de Bia Lessa, e o cultuado espetáculo Equus (2012). Na TV, iniciou seus trabalhos aos 17 anos em Flora Encantada (1999) e foi na minissérie Presença de Anita (2001), em que viveu o tímido Zezinho, que Miggiorin ganhou notoriedade e reconhecimento do público, logo no início de sua carreira. Recebeu prêmio de Ator Revelação no Domingão do Faustão e, desde então, atuou em diversas novelas, como Senhora do Destino, Mulheres Apaixonadas, Cobras e Lagartos, Viver a Vida, Malhação, Insensato Coração e a minissérie Som e Fúria, de Fernando Meirelles, na Rede Globo. Também atuou em A Terra Prometida e Jezabel, na Record. No cinema, recebeu em 2002 o Kikito de melhor ator pelo filme Em Nome do Pai e atuou em filmes como O casamento de Romeu e Julieta, de Bruno Barreto, Rinha e Colegas, de Marcelo Galvão, O diabo na rua, de Bia Lessa, entre outros. Amante dos estudos, além de ator, Miggiorin graduou-se como Psicólogo e Psicodrama, em São Paulo. Atualmente, está no ar nas plataformas de streaming com o filme Inexplicável, na Netflix, e com a novela Beleza Fatal, pela HBO.
Valeria Silva é atriz, produtora e roteirista brasileira com carreira internacional. Estudou atuação em Los Angeles com bolsa na New York Film Academy. Trabalhou em filmes da Netflix, HBO Max e em games como Cyberpunk 2077. Fundadora da Dandara Productions, foca em narrativas diversas e representativas. Atualmente desenvolve projetos no Brasil e nos EUA para cinema e TV.
Fábio Bianchini, nascido em 18 de dezembro de 1980, em Machado/MG) é ator, modelo e produtor com formação em teatro e carreira iniciada em 2006. Trabalhou em novelas da Globo como Ti-Ti-Ti, Duas Caras, Beleza Pura e participou na série Na Mira do Crime no canal Fox. No teatro, atuou em diversos espetáculos, incluindo musicais como Ou Tudo ou Nada e em montagens bíblicas como As Sete Dores de Maria. Também esteve em séries como Dercy de Verdade, Guerra e Paz e produções para TV, além de estrear como diretor com Alice – Uma Aventura Musical.
Márcio Rosario é santista, com mais de 40 anos de carreira como ator, diretor, produtor e preparador de elenco no teatro, cinema e TV no Brasil e no exterior. Atuou e produziu em grandes produções nos EUA e em Portugal, como Fight Club, The Shield, The Expendables e The City of Lost Souls (Japão). No Brasil, integrou novelas da Globo, Record, SBT e séries para plataformas internacionais como Sintonia e Rota do Ódio. Produziu filmes e séries em países como Portugal e Espanha, incluindo o premiado curta Bergamota, com mais de 100 prêmios. É atualmente um dos apresentadores do programa Cultura e Design (TV Cultura) e vice-presidente do Grupo de Apoio à Prevenção à Aids - GAPA Baixada Santista, onde atua voluntariamente há mais de 15 anos.
Vitor de Oliveira é roteirista, escritor, professor e dramaturgo. Redator final do humorístico Vai que Cola, colaborador das novelas O Astro, I Love Paraisópolis e Jesus, e autor da versão internacional da novela Tieta. Criador do blog Eu prefiro melão e do canal Noveluxo.
Carlos Fernando Barros nasceu em Recife, PE, e mora no Rio de Janeiro desde os seis anos de idade, com passagem por São Paulo por sete anos. É escritor, roteirista e dramaturgo com vários trabalhos desenvolvidos. É formado em tecnologia, mas ama artes e fez vários cursos livres com professores renomados como Max Mallman e Margareth Bouri. Viu algumas peças suas serem montadas em São Paulo e foi fundador/coordenador do projeto “Cena 10” que tinha o objetivo de apoiar e divulgar novos autores. Esse projeto teve o apoio de Alcides Nogueira e Walcyr Carrasco.
Sinopse:
Em um drama psicológico marcado por reencontros e revelações, Lucas e Miguel revisitam a história de um amor interrompido, envolto em desejo, culpa e identidade. Entre memórias, violência e espiritualidade, a peça expõe camadas de preconceito, homofobia, bissexualidade e aceitação, com delicadeza e profundidade. Uma trama intensa sobre escolhas, afetos e as consequências de silenciar quem se é.
Serviço
Bruta Flor
Drama psicológico
De 9 de agosto a 21 de setembro, aos sábados, às 20h30, e domingos, às 19h
Teatro Núcleo Experimental
End.: R. Barra Funda, 637 - Barra Funda
Tel.: (11) 3259-0898
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 16 anos (cenas de nudez)
Capacidade: 90 Lugares
Ingressos: R$ 140 | R$ 70 (meia)
Pela internet: https://www.sympla.com.br/evento/bruta-flor/3037799
Bilheteria do teatro: duas horas antes do espetáculo
Cafeteria Disponível
Ar-condicionado
Acessibilidade
Ficha Técnica
Dramaturgia: Carlos Fernando Barros e Vitor de Oliveira
Direção: Marcio Rosario
Elenco: Leonårdo Miggiorin, Valeria Silva e Fábio Bianchini
Direção de Movimento: Liane Maya
Direção de Arte, Cenografia e Figurinos: Andrea Moraes
Adereços: Egbert Mesquita
Design de luz: Gabriel Greghi
Trilha Sonora: Cida Moreira
Programação Visual: Danny Rodrigues
Fotos: Kim Leekyung
Making Of: Daniel Castilhos
Produção Executiva: Daniel Chiarelli
Direção de Produção: Denise Prado
Diretora Assistente: July Frediani
Produtores Associado: Valeria Silva e Leonårdo Miggiorin
Produtor Geral: Marcio Rosario
Realização: Três Tons Visuais
Coprodução: Dandara Productions
Assessoria de Imprensa: Vicente Negrão Assessoria