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Polícia investiga casos de picadas de agulha durante o carnaval em Recife

7 de Março de 2019

A Polícia Civil de Refice-PE abriu um inquérito para investigar os casos de picadas de agulha relatados por pelo menos 25 pessoas durante o período de carnaval no Grande Recife. A corporação informou que vai enviar um ofício ao Hospital Correia Picanço para identificar as declarações das vítimas que foram buscar atendimento médico na unidade de saúde, para apurar os fatos. 

O resultado dos exames feitos nas vítimas não foi divulgado. Chefe da Polícia Civil, o delegado Joselito Kehrle apontou, nesta quinta-feira (7), que uma delegacia móvel vai funcionar no hospital a partir desta tarde para facilitar as denúncias das vítimas.

"Revisamos as ocorrências nos plantões e não encontramos registros de boletim de ocorrência sobre o fato, mas abrimos o inquérito policial ainda assim", afirmou, pedindo que a população auxilie nas investigações e que, caso alguma vista tenha visto o agressor, auxilie na elaboração do retrato falado.

No hospital, localizado na Zona Norte do Recife, 25 casos foram notificados entre o sábado (2) e a manhã da quarta (6). Nas 24 horas seguintes, foram mais de 75 atendimentos com relatos do tipo, segundo a unidade de saúde.

Nesta quinta (7), outras pessoas procuraram a unidade de saúde com relatos semelhantes aos anteriores. "Eu estava voltando para casa na terça (5), por volta das 3h30, quando senti uma picada. Em seguida, o meu braço ficou dormente. Procurei o hospital depois que vi as reportagens sobre o assunto", conta a secretária Rita de Cássia Correia, de 42 anos.

A investigação busca apurar o crime de “exposição ao risco à vida de outrem por transmissão de moléstia grave”, apontou a Polícia Civil. A pena para esse delito é de quatro anos em regime fechado e a corporação não descarta o cometimento de outros crimes mais graves.

A Polícia Civil pede que as vítimas que procuraram a unidade de saúde também registem boletins de ocorrência. Cada caso vai motivar a abertura de inquéritos distintos.

Entenda o caso

Na terça-feira (5), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) havia contabilizado pelo menos dez pessoas que procuraram o Hospital Correia Picanço após sentirem picadas de agulha durante o carnaval. Na quarta (6), o número subiu para 25.

Todos os pacientes foram liberados, segundo a SES. Antes, no entanto, tomaram medicamentos que são ministrados para prevenção ao vírus HIV. Eles também receberam a orientação para voltar à unidade de saúde em 30 dias, prazo necessário para a conclusão desse tratamento.

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