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Barragens em alerta máximo têm piora e precisam de obra, diz ANM

21 de Fevereiro de 2020

Um laudo da ANM (Agência Nacional de Mineração) aponta que as três barragens da mineradora Vale que estão em nível máximo de alerta, desde 2019, tiveram piora nas estruturas e precisam passar por obras para não romperem.

O problema foi descrito pelo Gerente de Segurança de Barragens de Mineração do órgão, Luiz Paniago Neves, em uma audiência de conciliação realizada nesta semana. No encontro, o representante da agência alertou para o risco de um novo colapso.

"Após um ano sem monitoramento e manutenção, as barragens em nível 3 de emergência e das localizadas na ZAS destas barragens, o cenário está progressivamente piorando, e, se o empreendedor e as consultorias não puderem atuar diretamente nas barragens, elas fatalmente romperão”, declarou Neves.

A situação foi ressaltada diante de uma decisão da Justiça do Trabalho que interditou as estruturas e proibiu a entrada de funcionários no local para garantir a segurança dos trabalhadores. Desta forma, não foi possível enviar equipes para realização dos reparos necessários nos muros de contenção.

As barragens em discussão são a B3/B4, em Nova Lima, na Grande BH, Forquilhas 1 e 3, em Ouro Preto, a 96 km da capital mineira, e a Sul Superior, em Barão de Cocais, a 96 km de Belo Horizonte.

Um representante de uma empresa de autoria que vistoriou as estruturas com a ANM também afirmou na reunião que as barragens precisam de inspeções presenciais, correção de erosões, limpeza de canaletas e obras de reforço. Membros dos Ministérios Públicos Estadual e Federal também confirmaram a necessidade do trabalho.

Diante do exposto, os órgãos acordaram que a mineradora Vale, dona das estruturas, deve montar um plano de ação detalhado para os reservatórios e o documento deverá ser analisado pelos agentes públicos. Em seguida, a Justiça será consultada sobre a possibilidade de enviar trabalhadores a campo para realizar as obras.

A reportagem procurou a Vale para comentar o acordo, mas ainda não teve retorno.

Fonte: R7

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