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A imigração e a pandemia de Covid-19 Estados Unidos

27 de Outubro de 2020

Hoje tudo soa diferente, todos mudaram seus hábitos, desde o trabalho, passando por amigos e até nos relacionamentos familiares. Ao mesmo tempo que somos mais solidários, também pensamos em nós mesmos e em como sobreviver a estes novos tempos.

Podemos dizer isso também com referência aos brasileiros que imigraram para os Estados Unidos e os que estão em fase de concretizar sua mudança.

Os escritórios do Governo na América estão funcionando com capacidade reduzida praticamente nada esta sendo aprovado ou negado, nem sequer os consulados americanos no Brasil estão abertos e vistos inclusive de turistas não estão sendo processados.

Para os brasileiros que estão em compasso de espera para vinda para os Estados Unidos isso está gerando uma ansiedade e expectativa muito grande pois coloca a vida de todos suspensa, trabalho, estudos, família tudo aguardando a melhora do Covid-19 para poder tomar o rumo novamente.

Agora, imaginem então os brasileiros que já vivem nos Estados Unidos, imigrantes, ilegais ou não, a grande parte perdendo seu trabalho ou tendo sua renda reduzida pela redução da jornada de trabalho, muitos sem plano de saúde algum e dependendo do local que vivem ainda com medo de procurar um hospital e ser questionado por assuntos não pertinentes ao motivo da visita. A pandemia na América criou uma situação muito delicada aos brasileiros que estão vivendo em qualquer parte dos Estados Unidos. Os que recebem renda vinda do Brasil, com o dolar praticamente $ 6.00 ficou quase nada o valor para cambio. Os familiares que vem visitar aqui não podem entrar e não há previsão de abertura do país ainda este ano, gerando angústia dos dois lados dos continentes. Muitos estão vendo seus sonhos de “American dream” se desfazer no meio do Coronavirus.

É uma época muito conturbada no mundo todo, mas aqui nos Estados Unidos ve-se o crescimento da violência com o aumento da inadimplência, fato já muito conhecido pelos brasileiros que estão no fio da balança com as eleições chegando nos dois países, criando-se política para as doenças e não curas.

Diante disso tudo as únicas portas que permancem sempre abertas são as da religião e da fé, não importando qual seja, mas que traz conforto, esperança e paz; e também os amigos, que agora, não faz diferença se estão fisicamente longe ou perto, mas são os que conversam, riem e choram conosco neste isolamento social que estamos todos confinados. Esse novo conceito de longe-perto e perto-longe é que dá as pessoas a força e a certeza de que em breve a doença não será mais politizada e sim curada e todos nós voltaremos de mãos dadas a fazer a grande roda da ciranda da vida.

Eliana Post

Jornalista

Oct. 2020

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