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IGMI-R/ABECIP mantém alta nos preços de imóveis residenciais

23 de Março de 2021

Apesar disso, a variação acumulada em doze meses do indicador desacelerou pelo quarto mês consecutivo ficando em 9,17% ante 9,60% do mês anterior.

Apesar de Salvador ter sido a única entre as capitais com queda nos preços dos imóveis residenciais em fevereiro, a tendência de desaceleração na variação acumulada em 12 meses foi sentida em todas as capitais, excetuando Recife, que se recupera de um patamar muito baixo (passando de 1,53% em janeiro para 1,75% em fevereiro), e Brasília com um pequeno avanço, de 9,12% em janeiro para 9,28% em fevereiro. O gráfico abaixo mostra a evolução das variações acumuladas em 12 meses para o índice nacional.

A desaceleração das variações recentes fica clara quando comparamos as trajetórias do primeiro bimestre do ano contra o último bimestre do ano anterior, nos três últimos anos. Sob essa perspectiva, em 2021 todas as capitas mostraram desaceleração, salvo o Rio de Janeiro que ficou estável. Analisando essas trajetórias na tabela acima, o início de 2020 mostra uma tendência geral de recuperação, enquanto o desempenho do início de 2021 é mais bem caracterizado como uma desaceleração. As acelerações recentes dos índices de preços no atacado e para consumidores faz com que a tendência de desaceleração nos preços reais dos imóveis residenciais seja ainda maior.

A percepção dos empresários do setor, de acordo com a Sondagem da Construção Civil do IBRE/FGV, reflete essa desaceleração na dinâmica dos preços nos últimos meses. Como mostra o gráfico abaixo, tanto a evolução recente da atividade (nos últimos três meses), quanto a demanda prevista (para os próximos três meses) reproduzem a desaceleração dos preços entre o final de 2020 e os primeiros dois meses de 2021.

Para os próximos meses, a trajetória dos preços dos imóveis residenciais está ligada ao avanço do programa de imunização, em um momento em que a piora acentuada da pandemia impõe medidas de isolamento desfavoráveis à atividade econômica em geral e ao mercado de trabalho. A esse desafio, somam-se a preocupação em relação à dinâmica dos índices de preços ao consumidor e no atacado mencionada anteriormente, que tende a tornar as condições de crédito menos favoráveis, e as dificuldades em conceder novos estímulos econômicos.

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