Cultura - Teatro

Ladainha para um defunto morto

11 de Outubro de 2021

Ladainha para um defunto morto, é um texto que proporciona várias possibilidades criativas para toda a equipe, por conta da verdade que existe na peça. Um campo muito fértil para plantarmos e colhermos ideias

Rosi Campos, Mel Lisboa, Cynthia Falabela e Fernando Paz em LADAINHA PARA UM DEFUNTO MORTO De Maciel Silva. Direção Fernando Neves Dia 13 de outubro, às 21h, estreia on-line pela plataforma youtube.com/emcenaproducoes

O autor, Maciel Silva nos conta que “a ideia de escrever a peça surgiu de um pleonasmo, uma vez escutei alguém falando: fui visitar o defunto morto. Achei isso tão curioso e comecei a pesquisar historias ligadas a defuntos, lendas, mistérios e situações ocorridas no Nordeste.

A minha mãe sempre me contava histórias, ela foi a minha grande inspiração”. Maciel completa “eu anotava tudo o que ela me falava e sabia que algum dia iria usar, seja em alguma peça, um conto ou em um livro, como já aconteceu antes”.

Com direção de Fernando Neves, a história se passa no sertão nordestino durante o velório de um homem que está sendo velado pela família na casa de sua mãe (Rosi Campos) que não aceita o enterro até receber a visita do padre (Fernando Paz). E lá se vão rezas e mais rezas, a noite vai passando e nada da visita tão esperada. A irmã (Cynthia Falabela) e a recente viúva (Mel Lisboa) do homem velado começam a questionar a insistência da mãe em receber a visita religiosa. E qual seria o motivo do padre não visitar aquele defunto? Após algumas horas uma visita aparece e os segredos de todo esse mistério começam a ser revelados. Entre acusações, choro, ladainhas e morte, o enredo, por meio das personagens contadoras de história, se desenvolve nesta comédia dramática.

Maciel escreveu a peça para ser dirigida por Fernando Neves: “o texto fala de um universo que não faz parte da minha vivência, no sentido de ter nascido no local onde tudo se passa, mas é um Brasil sendo Brasil, dentro da sua grandiosidade. Por isso mesmo, observei universos, camadas de sentimentos, costumes, situações cômicas e dramáticas, tudo misturado com muita verdade, assim como a vida”,  afirma o diretor.

Em “Ladainha para um defunto morto”, praticamente 80% das histórias são causos contados pela mãe do autor do Nordeste dos anos 50 e 60, de um Brasil profundo, da região do agreste. São causos que ninguém sabe se de fato são verídicos ou não, mas que valem muito a pena serem conferidos.

Ladainha para um defunto morto

70 minutos

Recomendação: 14 anos

Temporada do dia 13/10 ao dia 04/11

De quarta à sábado às 21h

Online e gratuito

Link: youtube.com/emcenaproducoes

 

Ficha técnica

Autor: Maciel Silva

Direção: Fernando Neves

Elenco: Rosi Campos, Mel Lisboa, Cynthia Falabela e Fernando Paz

Elenco de apoio: Lisandro Di Prospero

Direção Musical e Trilha sonora: Adriano Salhab

Direção de produção: Felipe Calixto

Produção executiva: Roberta Viana

Produção: Grupo Botija e Em Cena produções

Figurinista: Dani Tocci e Victoria Moliterno

Costureira: Arlete Castro

Cenógrafo: Marcelo Andrade

Projeto de luz: Cleber Eli

Técnico de luz: Ronny Vieira

Visagismo: Drica Serrano

Fotos: Ronaldo Gutierrez

Contrarregras: Allexandre Romero e Izabela de Santté

Designer gráfico: Gustavo Araújo

Criação e conteúdo de mídias sociais: Luiz Felipe Pedroso

Assessoria de imprensa: Morente Forte

Gravação do espetáculo: Cachalote fúria e filmes

MACIEL SILVA – AUTOR

Maciel Silva Ator/Roteirista/Diretor e dramaturgo, com formação em jornalismo e artes cênicas,possui diversos textos encenados nos palcos paulistanos, para o público infantil e adulto. Formou-se pelo teatroMacunaíma, Fátima Toledo, entre outros. Fez a adaptação de uma obra de Aguinaldo Silvapara o teatro. Participou do curso da Ecila Pedroso “É Preciso Pensar” com foco nacriação de séries e programas de TV, e com ela escreveu o roteiro para cinema “Senhora no Jardim”.

FERNANDO NEVES – DIRETOR

Formado em Letras pela USP (1980). Atua profissionalmente há 28 anos. Como ator trabalhou em mais de 20 espetáculos. Dirigiu a cia. La Mínima em dois espetáculos: A Feia e O Médico e os Monstros. Na televisão participou de várias novelas como Chiquititas (SBT), Os Ricos Também Choram (SBT), e mais: Carandiru, O Rei do Gado e Boca do Lixo (TV Globo). Ganhou os Prêmios: Governador do Estado – 1988, na categoria melhor ator, pelo espetáculo Lampião e Maria Bonitinha no Reino do Divino; Festivale, na categoria melhor diretor (A Mulher do Trem).

ADRIANO SALHAB – DIRETOR MUSICAL

Adriano Salhab é compositor, cantor, instrumentista, ator e produtor musical. Natural de Recife, participou de vários coletivos, entre grupos musicais e teatrais em Recife e São Paulo. Destacam-se a banda Textículos de Mary (prêmio APCA de melhor banda em 2002) e o Teatro Oficina Uzyna Uzona que lhe inspirou a lançar o disco O Sol Rodando Vermelho (contemplado pelo Mapeamento Rumos do Instituto Itaú Cultural em 2012). Atualmente, além de atuar, compor e dirigir a música de algumas companhias de teatro em São Paulo como Cia Livre, Grupo XPTO, Grupo Botija e Aves de Arribação, se apresenta com os shows dos seus discos O Sol Rodando Vermelho e Amor Grave; seu projeto de forró de rabeca e viola Trio Xique Xique e acompanha o Coral Materna em Canto desde 2018.

ROSI CAMPOS – ELENCO

Atriz e diretora. Formada em jornalismo, Rosi largou a carreira de cinco anos em assessoria de imprensa para se dedicar à carreira artística, sua paixão. Estreou na televisão em 1973, na novela ‘Cavalo de Aço’ e no currículo da atriz, além de várias novelas na Globo, estão filmes como “Chico Xavier” e “Avassaladoras”. Ela também é conhecida por seu trabalho para o público infantil como a Bruxa Morgana no “Castelo Rá Tim Bum”, série da TV Cultura. Multifacetada, em teatro é produtora, roteirista, diretora e administradora.

MEL LISBOA – ELENCO

Estudou cinema na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, mas trancou o curso para seguir a carreira de atriz. Sua estreia como atriz foi em 2001, quando protagonizou “Presença de Anita”, minissérie da Rede Globo. Ainda na emissora atuou nas novelas “Desejos de Mulher”, “Como uma Onda” e “Sete Pecados.” Mais tarde participou de séries e seriados em canais da TV fechada: “As Canalhas” (GNT), “Lili A Ex” (GNT), “Nem Vem que Não Tem” (Fox) e “Pacto de Sangue” (canal Space). Nos palcos integrou o elenco de várias produções teatrais, dando destaque para as mais recentes: “Boca de Ouro” direção de Gabriel Villela e “Dogville” com direção de Zé Henrique de Paula.

CYNTHIA FALABELA – ELENCO

Cynthia Falabella é uma atriz, diretora e professora. Formou-se em dança pela Fundação Clovis Salgado em Belo Horizonte. Trabalhou em diversos espetáculos de teatro e dança na Capital Mineira, recebendo vários prêmios pelo Sesc/Sated e Sinparc como melhor atriz de 1997 a 2006. Em São Paulo, atuou em “A Serpente de Nelson Rodrigues”, direção de Yara de Novaes (2008); Meninas da Loja, direção de Fernanda D’Umbra (2010); Toc Toc, direção Alexandre Reinecke (2010/2012); Bull de Mike Bartlett, direção de Flavio Tolezani (2014;2017); Tudo no seu Tempo, de Alan Ayckbourn, direção de Edu Muniz (2016) “Chuva não. Tempestade! ” (2017) de Franz Keppler, direção de Rafael Primot, entre outros. Além de diversos trabalhos na TV e Cinema.

FERNANDO PAZ – ELENCO

Ator profissional desde 1998, Fernando iniciou seus estudos no Curso de Formação de Atores do Grupo TAPA. Desde então integrou diversos grupos estáveis de São Paulo, como o Grupo TAPA, Folias D´Arte, Cia. do Latão e Fraternal Cia. de Arte e Malasartes. Atuou em espetáculos da Cia. As Graças e do Circo Mínimo. Atualmente, trabalha com a Cia. La Mínima e Circo Zanni. Além disso, é sócio fundador do Piccolo Circo.

FELIPE CALIXTO – DIRETOR DE PRODUÇÃO

Felipe é formado em Rádio e Tv pela Faculdade Cásper Líbero e ator pela Escola de Artes Célia Helena, vem atuando como produtor, junto à sua produtora “Em cena produções”, em algumas peças de teatro, tendo as mais recentes: 2021 – “Ladainha para um defunto morto” direção de Fernando Neves com Rosi Campos, Mel Lisboa, Cynthia Falabela e Fernando Paz no elenco;  2021 – “A língua em pedaços – direção de Elias Andreato com Ana Cecília Costa e Joca Andreazza no elenco; 2021- “Senhora no jardim” com direção de Fernando Cardoso e Maria do Carmo Soares no elenco; 2021 – “O inventor de sonhos”, infanto-juvenil, com direção de Pamela Duncan. É professor de teatro para crianças e adolescentes. Entre seus cursos de atuação já estudou com Zé Henrique de Paula, Inez Viana, Ana Kfouri, entre outros. Seu último espetáculo como ator foi a versão online “Senhora no jardim”.

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