Cultura - Teatro

Peça teatral Chorinho

15 de Julho de 2014

 

Chorinho celebra o reencontro de Denise Fraga, Fauzi Arap e Cláudia Mello.  Denise foi dirigida por Fauzi em A Quarta Estação, em 1995.  Cláudia Melo foi dirigida por Fauzi em Adorável Desgraçada, em 1993. Denise e Cláudia dividiram palco e camarim em A Alma Boa de Setsuan, 2008-2010, e não paravam de falar no Fauzi. O desejo de estarem juntos se concretiza agora em Chorinho. Além de autor, Fauzi Arap divide a direção com Marcos Loureiro (Hotel Lancaster, Delicadeza, La Musica).

Chorinho, Prêmio APCA de Melhor Autor 2007, trata da vida urbana com delicadeza, poesia e humor. Numa praça de uma grande cidade, duas vidas se entrelaçam graças aos encontros e conversas de uma solteirona aposentada (Cláudia Mello) com uma estranha moradora de rua (Denise Fraga). De um lado estão preconceitos e solidão; de outro, lucidez, loucura – e mais solidão.

Com diálogos regados de humor e emoção, a peça narra, em sete momentos, a construção da inusitada amizade entre estas mulheres aparentemente tão diferentes.  Uma mora na praça por opção, não aguenta as leis sociais e a hipocrisia do mundo.  A outra é uma senhora solitária que frequenta o lugar, cuida das plantas e tenta preencher o vazio dos dias com aulas de inglês e programas de televisão.  Um dia é surpreendida:

-        Por que a senhora faz isso?

-        Isso o quê?

-        Isso de ficar fingindo que eu não existo.

A partir da insistência da mendiga, as duas vão se encontrando dia após dia na praça e por suas conversas o espectador vai desenhando suas histórias, pensamentos, medos e solidões. Em diálogos simples e cheios de humor, Fauzi coloca em cena uma profunda e poética filosofia urbana.

"É impressionante o poder da palavra no teatro. Fauzi é um mestre e confia nisso como ninguém. Um banco de praça, duas atrizes e muito a dizer. Uma pra outra e pra quem as ouve. O que mais me encanta no texto é ver seu poder de fisgar o espectador pelo humor e simplicidade, dando clareza a questões filosóficas por vezes muito complexas. Nas sessões que fizemos viajando pelo Brasil (o espetáculo foi apresentado em Curitiba, Belo Horizonte, Florianópolis, Campinas, Ribeirão Preto, Extrema, Ilha Comprida, Jundiaí, Salto, São Paulo, Brasília, Salvador e Porto Alegre), me emocionava ver a reação da plateia ao verbo puro e simples. A peça é um embate verbal cheio de sabedoria, humor e poesia. E encanta por isso. Fazer uma personagem tão diferente de você, mas que diz coisas que você gostaria de dizer é muito bom. E é uma delícia estar neste jogo com minha querida Cláudia Mello, atriz extraordinária. Tivemos o privilégio da batuta de Fauzi Arap, que saiu de sua toca e, ao lado de Marcos Loureiro, veio nos dirigir. Isto é um tesouro muito precioso. É colher pérolas para serem usadas não só neste trabalho, mas a cada nova empreitada que nosso maravilhoso ofício nos oferecer”, diz Denise Fraga.

“O Universo conspirou a nosso favor. Já existia uma grande afinidade cênica e pessoal entre o Fauzi, Denise e eu. É um prazer interagir com esta atriz admirável num texto de um autor que eu sempre tenho a melhor das disposições em trabalhar. Love, love, love...“, completa Claudia Mello.

 

CHORINHO

Teatro Tucarena (190 lugares)

Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes

(11) 3670-8455 | 4003-1212

Vendas: www.ingressorapido.com.br – 4003.1212

Sextas e Sábados às 21h | Domingos às 19h

 

Ingressos:

R$ 50

 

Duração: 80 minutos

Recomendação: 12 anos

 

Somente 6 apresentações:

 

Dias 18, 19, 20, 25, 26 e 27 de Julho

Ficha Técnica:

Texto: Fauzi Arap

Elenco: Denise Fraga e Cláudia Mello

Direção: Marcos Loureiro e Fauzi Arap

Iluminação: Marcos Loureiro

Trilha Sonora: Aline Meyer

Figurinos: Cássio Brasil

Visagismo: Simone Batata

Fotos: João Caldas

Direção de Produção: José Maria

Realização: NIA Teatro

 

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